sexta-feira, 9 de abril de 2010

Coordenador do FNDE integra equipe do Barco Natureza

O Coordenador Geral de apoio à manutenção escolar do FNDE, José Maria Rodrigues,está no barco Natureza e passará quatro dias acompanhando a rotina dos pesquisadores no interior do município de Santarém (PA). Houve também a troca de membros no barco. Ana Paula Antunes Martins chegou na sexta-feira (2) para substituir Henrique Coelho na função de apoio e ajudar os pesquisadores na coleta de dados.
Em reunião com a secretária municipal de Educação de Santarém, Lucineide Gonçalves Pinheiro, a equipe planejou ainda no domingo as rotas escolares a serem traçadas ao longo da semana. Em seguida, em comemoração à páscoa, eles receberam caixas de chocolate, encomenda enviada pela equipe do CEFTRU em Brasília.Depois de sair de Santarém à meia-noite, o barco Natureza viajou durante a madrugada de segunda-feira e chegou à vila de Anumã às 7h30 da manhã.
O coordenador Marcos Fleming, a líder Renata Maia-Pinto e o representante do FNDE José Maria Rodrigues recebem mães de alunos da comunidade de Anumã no barco Natureza. Foto: Fábio Tito
No caminho das rotas escolares -  Ficou decidido que a equipe se dividiria em duas para traçar rotas vespertinas de alunos que saem de vilarejos próximos para assistirem as aulas em Anumã.
À beira do rio Tapajós, Anumã abriga três igrejas, escola e diversas casas espalhadas ao redor. Erlinton Gomes Correia, de nove anos, é uma das crianças que frequenta a Escola Santa Rita de Cássia, que fica no centro da vila. "Vêm meninos de Santi, Carão e Americano (vilas próximas) para estudar aqui, a maioria de barco", afirma o garoto. Quando era menor, ele morava em Santarém, mas diz preferir a vida no interior. "É mais tranquilo, menos perigoso", considera.
Erlinton, à esquerda, com os amigos Jackson e Joelson, todos estudantes da escola em Anumã / Foto: Fábio Tito
Quando não está na escola, Erlinton ajuda os pais. "De manhã vamos até Carão vender tapetes e cortinas que minha mãe faz. E quando saio da aula no final da tarde vou pescar com meu pai e um de meus irmãos", conta. Sábado e domingo a pesca também é necessária. Erlinton tem oito irmãos. Os dois mais velhos, de 15 e 22 anos, vivem em Santarém estudando e trabalhando. Para ajudar na alimentação, a família planta mandioca, arroz e milho. "Mas quando não nasce a gente precisa comprar na feira pra ter o que comer", lembra o menino.
Por Fábio Tito, de Santarém

Um comentário:

  1. Nossa, vc tem um tom mais poético do que eu imaginava para contar histórias. A do Erlinton ficou profunda e envolvente. É bom quando podemos nos emocionar com a realidade dos outros e transmitir essa realidade é um dom. Que vc tem :)

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