segunda-feira, 26 de abril de 2010

Animais de estimação peculiares em Urucará (AM)

Durante a visita a comunidades do interior de Urucará, ficou claro que muitas famílias têm o hábito de criar animais da floresta por simples prazer. Eles são criados soltos, e as crianças são as que mais se divertem. Elas não demoram a trazer seus bichos para a frente da câmera, empolgados com a atenção.

Crianças do interior de Urucará mostram seus bichos de estimação:
um papagaio e filhotes de periquito. Foto: Fábio Tito
Mas o animal que mais surpreendeu não foi periquito nem papagaio. Chiquita é uma macaquinha aranha (espécie chamada de "cuatá" na região) de um ano de idade, que sobreviveu milagrosamente após sua mãe ser morta por um caçador, como conta sua dona.
Quando a macaquinha chegou à sua nova casa, ainda cabia na palma da mão e sequer tinha pelos. Um ano depois, ela já é parte da família. Com mais de meio metro de altura, ela brinca com as crianças, assiste à novela no colo da "mãe adotiva", faz uma bagunça e tanto. "É realmente como uma criança, cuidar dá trabalho. Ela mexe em tudo, é super curiosa", conta a mulher.
Chiquita vive solta, e às vezes se aventura em alguma árvore próxima da casa. Mas diante da câmera, ela é só timidez. Corre para se esconder em sua pequena rede, armada sob uma mesa de canto, e começa a balançar. Segundo a dona, aquele é seu lugar preferido. Sob o olhar da visita, ela só sai de lá quando oferecem a mamadeira.
Chiquita, a macaca aranha criada solta por uma família no interior do Amazonas. Com
1 ano de idade, ela toma mamadeira e dorme em sua própria rede. Fotos: Fábio Tito
Perto da "mãe", o rabo logo se entrelaça às pernas da mulher, buscando proteção. "Meu medo é do ciúme que ela tem, estou grávida de oito meses e não sei como ela vai reagir ao bebê", diz a dona.
Por Fábio Tito, de Urucará

Nenhum comentário:

Postar um comentário