Os pesquisadores passaram o dia inserindo no sistema os dados coletados em pesquisa durante a semana. No sábado, às 10h da manhã, o barco Natureza saiu de Santarém em direção ao município de Óbidos, também no Pará. Após subir o rio Tapajós e entrar pelo Sururu, a embarcação chegou ao rio Amazonas. Seguindo contra o fluxo do Amazonas, o Natureza atracou no porto da cidade de Óbidos, sede do município.
O porto de Óbidos, em frente à garganta do Amazonas. Foto: Fábio Tito |
A área de várzea do município é extensa e possui diversas escolas. Logo que chegou, a equipe de pesquisadores foi surpreendida por uma notícia inesperada. "As escolas de várzea entram de férias na época da cheia do rio. As aulas acabaram no final de março", avisa Irami Canto Tavares Filho, coordenador de transporte escolar do município. Segundo ele, as 31 escolas que ficam na várzea seguem um calendário diferente, que vai de julho ou agosto de um ano até março do ano seguinte - o período de seca. "Durante a cheia, muitas escolas na região ficam alagadas e é impossível ter aula", justifica.
No domingo (11), o coordenador guiou os pesquisadores de lancha até Igarapé Grande, que fica na região de terra firme mas possui grandes lagos entre as comunidades. Lá as escolas seguem o calendário regular, e alguns estudantes precisam ir de barco até a aula. A equipe visitou alguns barqueiros que fazem o trajeto desses alunos e programou as rotas a serem acompanhadas no início da semana.
O secretário municipal de Educação e o coordenador de transporte escolar conversam com o pesquisador Marcelou Bousada. Foto: Fábio Tito |
Por Fábio Tito, de Óbidos
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