sábado, 1 de maio de 2010

Frente de pesquisa da bicicleta escolar se prepara para ir a campo

Outra frente da Pesquisa Transporte Escolar Rural (TER) que se prepara para ir a campo é a da bicicleta escolar. De segunda a quinta-feira, 3 a 6 de maio, ocorre em Brasília o treinamento dos pesquisadores, que viajarão em cinco equipes - uma para cada região do Brasil. Os trabalhos começam na semana seguinte, já no dia 8 de maio.
De acordo com o coordenador da Pesquisa TER, Marcos Fleming, as cidades visitadas pela frente apresentam diferenças que devem enriquecer os resultados. "Serão cinco cidades em cada região. Entre essas cinco, buscamos sempre pelo menos duas cidades em que haja algum programa de incentivo ao uso de bicicletas, e outras que não tenham essa cultura", explica.
Aluno testa a bicicleta da pesquisa em Buritis (MG), onde
foi realizado o projeto piloto. Foto: Arquivo CEFTRU
Será uma semana em cada cidade, e dois colégios em cada uma delas. Por dia, a ideia é que cinco alunos da mesma escola usem e avaliem as bicicletas do projeto. "São quatro bicicletas maiores, de aro 26, e uma infantil, de aro 20, por equipe. É importante que tenhamos também crianças menores participando da pesquisa", acrescenta Marcos Fleming.

Aprendizagem e preparação
Na última semana, entre os dias 25 e 28 de abril, uma equipe esteve em Buritis, interior de Minas Gerais, para realizar o projeto piloto da pesquisa. A líder da frente da bicicleta, Mariana Moura, acompanhou o trabalho. "Fomos muito bem recebidos na cidade, as bicicletas chamaram atenção. Dos alunos que participaram, muitos elogiaram a leveza do equipamento", aponta.
A equipe reunida em Buritis. Foi necessário fazer alguns ajustes nas
bicicletas após a chegada à cidade. Foto: arquivo CEFTRU
Mariana falou também sobre as dificuldades encontradas, que servirão para preparar as equipes para o início da pesquisa. "Devido ao deslocamento feito de caminhonete, as bicicletas chegaram desreguladas. Vamos reforçar os suportes para que elas chacoalhem menos no caminho", diz. As cinco equipes sairão de Brasília, e o trajeto será feito em caminhonetes que levarão os equipamentos para a pesquisa.
Bicicletas preenchem o pátio de uma das escolas
visitadas na pesquisa piloto. Foto: Arquivo CEFTRU
"Na rotina do trabalho, o problema muitas vezes foi encontrar os pais das crianças durante o horário da pesquisa", explica a líder. Os pais dos alunos também são entrevistados, ajudando a caracterizar o uso do transporte na comunidade.
Veja abaixo as cidades visitadas pelas cinco equipes da frente de pesquisa da bicicleta escolar:

Equipe 1 - Norte: Brazlândia (DF), Porangatu (GO), Guaraí (TO), Xinguara (PA), Rondon do Pará (PA)

Equipe 2 - Nordeste: Santa Rita (MA), Castelo do Piauí (PI), Bom Sucesso (PB), Barreiros (PE), Jaborandi (BA)

Equipe 3 - Centro-Oeste: Cassilândia (MS), Cáceres(MT), Corumbiara (RO), Campo Novo do Parecis (MT), Nova Xavantina (MT)

Equipe 4 - Sudeste: Pedro Canário (ES), São Fidélis (RJ), Redenção da Serra (SP), Paraguaçu Paulista (SP), Pompéu (MG)

Equipe 5 - Sul: Igrejinha (RS), Capela de Santana (RS), Taió (SC), Palotina (PR), Astorga (PR)

Alunos recebem bonés da Pesquisa de Transporte Escolar Rural
Em cada município que visita, a a frente do barco da Pesquisa de Transporte Escolar Rural costuma acompanhar pelo menos quatro rotas de barco até escolas em lugares que apresentam maior complexidade nos trajetos. As rotas geralmente levam entre 10 e 25 alunos, e ao final de cada uma delas, o barqueiro local e os estudantes transportados recebem de brinde bonés da pesquisa.
Em Faro (PA), alunas brincam na lancha escolar proposta pelo MEC
após receberem os bonés da pesquisa. Fotos: Fábio Tito
Entre as crianças, é sempre uma surpresa e uma festa. Alguns se divertem com as logos das frentes de pesquisa do barco escolar e da bicicleta, impressas nas laterais. O acessório vai logo para a cabeça - e não só para proteger do sol. Ele é uma lembrança por ter colaborado de alguma forma em um projeto tão importante para o acesso às escolas no país.
A pesquisadora Amanda Odelius
entrega bonés ao fim de uma rota em
Itacoatiara (AM). Foto: Fábio Tito
Dois alunos transportados em cada rota são entrevistados voluntariamente para a pesquisa. Para que não influa na participação dos estudantes, os brindes são dados apenas ao final de cada rota, sem aviso prévio. O trabalho de campo sobre o uso de bicicletas no transporte até a escola também distribuirá bonés para os alunos participantes.
A produção dos bonés distribuídos pela pesquisa foi oferecida em uma parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), além de outras associações do ramo ligadas à ABIT. Foram confeccionadas 3 mil unidades, sendo 1.500 para a frente de pesquisa do barco escolar e outros 1.500 para a da bicicleta.
Por Fábio Tito, de Manaus

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