quarta-feira, 12 de maio de 2010

Conheça a equipe da frente de pesquisa do barco escolar


Veja abaixo um pequeno perfil dos participantes em campo na frente de pesquisa do barco escolar rural:

Marcos Fleming, 52
Coordenador da Pesquisa do transporte Escolar Rural e gerente do projeto
Especialista em transporte, começou como pesquisador no CEFTRU em 2005 e passou por diversas áreas no centro de pesquisa. Antes, atuou na área de telecomunicações, sempre com foco no setor de transportes.
"É altamente gratificante encerrar com as comunidades ribeirinhas o ciclo de entendimento do transporte escolar, que começou com o rodoviário. A sensação é de que estamos fechando com chave de ouro. Com isso, vamos ter uma visão clara do que é o transporte escolar no país."

José Matsuo Shimoishi, 61
Professor orientador da pesquisa
Formado em Engenharia Civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia, mestre e doutor em Engenharia Civil pela Universidade de Tóquio-Japão. Trabalha como professor do Departamento de Engenharia Civil da UnB desde 1986. Já foi chefe do departamento, além de coordenador do curso de mestrado. Atuou como diretor do CEFTRU desde sua criação, em 1996, até janeiro de 2010. Nos últimos anos, tem atuado mais na área de planejamento de transporte, mais especificamente na elaboração de planos diretores. Participou ativamente do Plano Diretor da área metropolitana de Belém e na estruturação do sistema de transporte coletivo de Manaus.
"Sempre gostei do trabalho de campo, de lidar diretamente com as pessoas que serão beneficiadas por programas no futuro. É muito interessante ver a realidade do transporte rural aquaviário em locais que eu não conhecia. A equipe que está atuando no campo é extraordinária, eles buscam coletar dados da forma mais fiel possível."

Renata Maia-Pinto, 50
Líder da frente de pesquisa do barco escolar
Formada em Pedagogia, mestre em Psicologia do Desenvolvimento Humano no Contexto Educacional e doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Saúde pela Universidade de Brasília. Foi professora especialista de pré-escolares e de crianças do Ensino Fundamental Maior, e lecionou em cursos superiores sempre na área de Educação. No Ministério da Educação, já atuou no Fundescola, na Secretaria de Educação Técnica e Tecnológica, na Secretaria de Educação Especial e na Coordenação de Apoio ao Transporte Escolar do FNDE. Foi então cedida ao CEFTRU para liderar a equipe da pesquisa do barco escolar.
"Algumas impressões ficaram marcadas. O grande estado de pobreza da região do Marajó e a sensação de abandono no que se refere à educação escolar rural; a amabilidade do povo ribeirinho, que sempre recebeu a equipe de braços abertos; a grandeza e a beleza dos rios, e as dificuldades que impõem a seu povo; e a grande relevância do transporte escolar por barco. Sem este meio, é impossível frequentar a escola. A pesquisa tem indicado que a opinião das pessoas envolvidas no transporte é extremamente importante para o entendimento deste tipo de serviço."

Marcelo Bousada, 36
Líder dos pesquisadores
Formado em Antropologia pela Universidade de Brasília, e cursa psicologia no Uniceub. Possui vasta experiência em pesquisa de campo, nas áreas de educação, saúde e meio ambiente. Sua última experiência foi de dois anos no projeto de pesquisa Casa Brasil, na área de aprendizagem em rede.
"É um trabalho nobre. Apesar de pesquisarmos o tema do transporte, fica claro que a preocupação maior de fato é com a educação. E o ineditismo desta pesquisa é estimulante."

Amanda Odelius, 28
Pesquisadora
Formada em Geografia pela Universidade de Brasília. Possui experiência em pesquisa, tanto de campo quanto acadêmica. Atuou em uma extensa pesquisa sobre mercados informais mobiliários, em Brasília, e também como pesquisadora assistente do Fundo das Nações Unidas em 2007, em um projeto sobre crescimento urbano. Viveu por dois anos em um veleiro na região dos EUA e Caribe, o que contou como experiência em embarcações para a pesquisa do barco escolar.
"É engrandecedora a experiência de conhecer de perto como vivem os ribeirinhos. Apesar de já ter viajado bastante, é a primeira vez em um trabalho que estou tendo um contato tão intenso com as comunidades. Também é a primeira vez que visito o Norte do Brasil."

 Ana Paula Antunes, 28
Pesquisadora
Formada em Arquitetura pela Universidade Federal da Paraíba, mestre em transporte pela Universidade de Brasília. Realizou sua pesquisa de mestrado em Anápolis, analisando o transporte escolar rural. Participou de outras pesquisas no âmbito de transportes, em Brasília, e integrou o CEFTRU em novembro de 2009. Participou do levantamento de material bibliográfico sobre comunidades ribeirinhas e transporte por barco para a Pesquisa de Transporte Escolar Rural.
"Profissionalmente é muito importante, pois estou conhecendo uma parte do transporte escolar pouco estudada. Contudo, o ganho pessoal é muito maior. A pesquisa está sendo incrível, conhecemos lugares pouco explorados e temos contato com pessoas com características muito peculiares. Também tenho a experiência de morar em um barco com um montão de gente que não conhecia antes. Tudo isso está sendo bacana."

André di Monaco, 28
Pesquisador
Formado em Geografia pela Universidade de Brasília. Atuou em uma extensa pesquisa sobre mercados informais mobiliários, em Brasília, e fez sua pesquisa de conclusão de curso sobre políticas urbanas do governo de Joaquim Roriz, no Distrito Federal. Morou no exterior por cinco anos, na Itália, EUA e Austrália, e tem grande experiência em embarcações.
"O projeto é muito bonito. E tem a virtude de ser um estudo novo. Também considero que a experiência pessoal de participar em uma pesquisa como esta é muito enriquecedora."

Diego Baravelli, 28
Pesquisador
Formado em Geografia pela UPIS. Esta é a segunda vez que atua em uma pesquisa pelo CEFTRU. Em 2009, integrou a equipe de pesquisadores que estudou as rodoviárias de capitais brasileiras, um estudo de parceria entre o CEFTRU e a ANTT.
"É um projeto grandioso. Dá um ânimo ainda maior de trabalhar, tanto pela importância do tema quanto pela região em que se realiza a pesquisa, que é pouco conhecida. Por conta da última pesquisa em que trabalhei, eu já conhecia o Norte, mas principalmente as capitais. É impressionante ver a vida das comunidades ribeirinhas no interior."

Fábio Tito, 23
Repórter e fotógrafo do blog TER Pesquisa
Formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília. Atuou como fotógrafo na Secretaria de Comunicação da UnB e na revista Campus Repórter, da Faculdade de Comunicação. Recém-graduado, foi estagiário nas redações do Correio Braziliense, SBT e do site de notícias G1, da Rede Globo.
"Fiquei muito animado com a ideia de fazer parte deste trabalho. Além de acompanhar uma pesquisa tão importante, tenho a oportunidade de mostrar como é a vida à beira do rio, no interior da Amazônia. É uma loucura ver como o rio é de fato parte da vida das pessoas."

Sérgio Pereira Borges, 50
Cinegrafista
Formado em Publicidade pelo Uniceub. Já atuou nas áreas de pesquisa e política, e atualmente tem trabalhado mais em documentários.
"Já conhecia o norte de maneira geral, mas não em uma experiência longa e intensa como esta. É um aprendizado novo, e as belezas naturais são impressionantes. A equipe do barco se integrou de forma boa, todos trabalham muito bem juntos."

Wagner Alarcão, 51
Responsável pela logística
Formado em Administração pela Unieuro. Atuou em administração de empresas na área de Engenharia, e teve experiência com barcos a vela e lanchas por hobby desde os 20 anos.
"É maravilhoso conhecer a situação in loco. O choque de realidade é grande, você chega achando que é uma coisa e na verdade é outra. Vimos a diferença nas embarcações locais, na comida, e em pequenas coisas como o uso da água do rio para lavar roupas. A água barrenta é um problema para lavar roupas brancas, e esse tipo de coisa só se aprende na prática. Finalmente, para mim ficou claro que não dá para pensar de longe as soluções para comunidades como as que visitamos. Este tipo de pesquisa é necessário para que se entenda melhor essa realidade."

Também é importante citar a participação anterior em campo do pesquisador Henrique Coelho e do jornalista Efraim Netto, além das visitas de José Maria Rodrigues, coordenador geral de apoio à manutenção escolar do FNDE.
Por Fábio Tito, de Codajás

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