Após a realização da pesquisa em Tefé, no Amazonas, a equipe de pesquisa do barco escolar navegou de volta a Manaus a bordo do barco Natureza. Lá, a embarcação de apoio da expedição foi desmontada e a equipe seguiu de avião até Porto Velho, último município a ter rotas escolares de barco acompanhadas pelo estudo. As lanchas escolares usadas na pesquisa foram enviadas de balsa até a capital de Rondônia, trajeto que demorou seis dias para ser feito.
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A secretária de Educação de Porto Velho, Maria
de Fátima Pereira de Oliveira. Foto: Fábio Tito |
Na segunda-feira, dia 31 de maio, a equipe entrevistou a secretária municipal de Educação, Maria de Fátima Ferreira de Oliveira. Ela falou sobre a complexidade do transporte escolar em Porto Velho, que envolve embarcações, ônibus e bicicletas distribuídas pela secretaria. "O transporte escolar rodoviário e fluvial é todo realizado por empresas terceirizadas há mais de cinco anos, e isso permitiu que saíssemos de 2 mil estudantes transportados para os mais de 9 mil alunos atendidos atualmente", afirma. Ela acredita que a melhora na administração do transporte tem ligação direta com o aumento de alunos nas escolas.
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Crianças descem por íngremes barrancos para embarcar no transporte escolar. O solo é muitas vezes argiloso e escorregadio. Foto: Diego Baravelli |
Fátima também explicou que as maiores dificuldades atualmente dizem respeito ao transporte rodoviário, por conta das condições precárias de diversas estradas e das longas distâncias. Nas primeiras rotas de barco acompanhadas pela equipe na terça-feira, 1º de junho, o que chamou a atenção foram os grandes barrancos que várias crianças têm que encarar para embarcar no transporte para a escola. Neste dia, a pesquisa visitou as escolas Deigmar Moraes de Souza e Ermelindo Brasil, respectivamente nas comunidades de Cujubim Grande e São João Batista, à margem do rio Madeira.
Por Fábio Tito, de Porto Velho
Edição: Elza Pires de Campos
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